Diferença em relação ao primeiro mandato de Donald Trump na Casa Branca é que ele hoje tem mais poderes
Este conteúdo foi originalmente publicado em Waack: Trump diz ao mundo que é ele quem manda no site CNN Brasil. Internacional, Canadá, Canal do Panamá, Dinamarca, Donald Trump, Estados Unidos, Groenlândia, União Europeia, William Waack CNN Brasil
Já era fim de tarde nos Estados Unidos quando Donald Trump anunciou que vai rebatizar o Golfo do México como Golfo da América.
E disse que não exclui ações militares para retomar o Canal do Panamá, ou tomar conta da Groenlândia, no Atlântico Norte, que pertence à Dinamarca.
Por isso, só hoje veio a chuva de reações: algumas irônicas, como a da presidente do México, que propôs renomear os Estados Unidos como América Mexicana, outras mais sérias, como a do ministro das Relações Exteriores da França, avisando que a União Europeia vai defender suas fronteiras — no caso, a da Dinamarca na Groenlândia.
Mas a pergunta é: o que Trump disse é para ser levado a sério?
Ou é apenas um show dos que ele gosta de apresentar praticamente todo dia?
É para ser levado a sério, sim.
Não importa se possam parecer pouco realistas, como a proposta de transformar o Canadá no 51º estado americano.
Trump está transportando para o âmbito da política externa o mesmo tipo de conduta do valentão fortão que anunciou para a política comercial.
Em especial para a China, alvo preferencial da anunciada guerra de tarifas, Trump está sinalizando que os Estados Unidos vão, sim, projetar poder naval em todo o Hemisfério Ocidental e muito além.
Na política externa, Trump demonstrou que está querendo adotar o mesmo tipo de conduta doméstica, já apelidada nos Estados Unidos de “comando do chefão”.
Conhecido no Brasil como “manda quem pode e obedece quem tem juízo”.
A diferença em relação ao primeiro mandato de Trump na Casa Branca é que ele hoje tem mais poderes.
Mas, no mundo, aumentou o número e a força dos países dispostos a desafiá-lo.
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