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Premier da Polônia conquista voto de confiança no Parlamento após vitória de conservadores em eleição presidencial


Governistas venceram a votação pelo placar de 243 votos favoráveis a 210 contra O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, venceu uma votação de confiança no Parlamento nesta quarta-feira, em uma demonstração de força e coesão de sua aliança governista após a vitória do nacionalista conservador Karol Nawrocki, um candidato apoiado pelo americano Donald Trump, na eleição presidencial da semana passada. Os governistas venceram a votação pelo placar de 243 votos favoráveis a 210 contra.
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A votação de confiança foi convocada pelo próprio premier, após analistas afirmarem que a derrota de seu movimento pró-União Europeia na disputa presidencial invariavelmente levaria a uma dissolução do governo e a eleições antecipadas. Na quarta-feira, Tusk pediu a votação.
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— Peço um voto de confiança porque tenho convicção, fé e confiança de que temos um mandato para governar — disse Tusk o premier no início da sessão parlamentar. — [O governo enfrentou] um trabalho muito árduo e sério em condições que não mudarão para melhor.
Analistas afirmam que uma batalha árdua espera por Tusk, quando Nawrocki tomar posse em agosto. A expectativa é que o conservador tente dificultar o governo e impulsionar o principal partido de oposição, o Lei e Justiça (PiS), do ex-presidente Andrzej Duda.
Na Polônia, o presidente tem alguma influência sobre a política externa e de defesa, mas seu principal poder é poder vetar a legislação aprovada pelo parlamento. Isso provavelmente prejudicará os esforços de reforma do governo de Tusk, como a aprovação para união entre pessoas do mesmo sexo ou a flexibilização da proibição quase total ao aborto.
Karol Nawrocki: conservador venceu a eleição presidencial polonesa
Wojtek RADWANSKI / AFP
Internacionalmente, também pode dificultar os laços com Bruxelas, particularmente em questões de Estado de Direito. Nawrocki apoia as polêmicas reformas judiciais implementadas pelo governo anterior do PiS. Também pode haver tensão no que diz respeito à Ucrânia, já que Nawrocki se opõe à adesão de Kiev à Otan e tem criticado o apoio aos refugiados ucranianos na Polônia.
Ex-presidente da UE, Tusk chegou ao poder em 2023 como líder de uma coalizão centrista, integrada pelos partidos Polônia 2050, o Partido Popular Polonês (PSL) e a Nova Esquerda. Internamente, a coalizão vive certa tensão, particularmente com o PSL, que defende valores socialmente conservadores e quer mais restrições à imigração.
A Polônia, membro da UE e da Otan com 38 milhões de habitantes, é uma economia em rápido crescimento e se tornou um ator regional cada vez mais importante desde a invasão russa da Ucrânia em 2022. (Com AFP e Bloomberg)

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