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Opositor Edmundo González denuncia sequestro de genro por encapuzados na Venezuela 

Denúncia ocorre três dias antes da posse presidencial na Venezuela, quando o opositor, que garante ter ganhado as eleições contra Nicolás Maduro, diz que voltará ao país
Este conteúdo foi originalmente publicado em Opositor Edmundo González denuncia sequestro de genro por encapuzados na Venezuela no site CNN Brasil.  Internacional, Edmundo González, Eleições venezuelanas, Nicolás Maduro, Venezuela CNN Brasil

O ex-candidato venezuelano Edmundo González afirmou que o genro dele, Rafael Tudares, foi sequestrado na manhã desta terça-feira (7).

“Rafael se dirigia à escola dos meus netos para deixá-los para o início das aulas. Foi interceptado por homens encapuzados, vestido de preto, colocado em uma caminhonete de cor dourada, placa AA54E2C e foi levado. Neste momento está desaparecido”, escreveu o opositor no X.


Foto do genro (Rafael Tudares) e da filha (Mariana González) de Edmundo González, com os netos do opositor.
Foto do genro (Rafael Tudares) e da filha (Mariana González) de Edmundo González, com os netos do opositor. • Comando Con Venezuela

A denúncia ocorre três dias antes da posse presidencial na Venezuela, quando o opositor, que garante ter ganhado as eleições contra Nicolás Maduro, diz que voltará ao país.

González, que estava asilado na Espanha desde setembro, esteve na Argentina e no Uruguai no sábado (4). No domingo (5), ele chegou aos Estados Unidos, onde se reuniu com o presidente Joe Biden, e com o futuro conselheiro de Segurança do presidente eleito Donald Trump, Michael Waltz.

O opositor, que ainda viajará ao Panamá e à República Dominicana, afirma que estará na Venezuela para a posse presidencial marcada para 10 de janeiro. Autoridades do governo Maduro, que afirmam que o chavista governará o país pelo terceiro mandato, dizem que se González tentar entrar na Venezuela, será preso.

Andrés Pastrana, que governou a Colômbia entre 1998 e 2002, afirma que nove ex-presidentes latino-americanos, como Vicente Fox e Felipe Calderón, do México, e Mario Abdo Benítez, do Paraguai, acompanharão o opositor em sua ida à Venezuela.

Entenda a crise na Venezuela

A oposição venezuelana e a maioria da comunidade internacional não reconhecem os resultados oficiais das eleições presidenciais de 28 de julho, anunciados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, que dão vitória a Nicolás Maduro com mais de 50% dos votos.

Os resultados do CNE nunca foram corroborados com a divulgação das atas eleitorais que detalham a quantidade de votos por mesa de votação.

A oposição, por sua vez, publicou as atas que diz ter recebido dos seus fiscais partidários e que dariam a vitória por quase 70% dos votos para o ex-diplomata Edmundo González, aliado de María Corina Machado, líder opositora que foi impedida de se candidatar.

O chavismo afirma que 80% dos documentos divulgados pela oposição são falsificados. Os aliados de Maduro, no entanto, não mostram nenhuma ata eleitoral.

O Ministério Público da Venezuela, por sua vez, iniciou uma investigação contra González pela publicação das atas, alegando usurpação de funções do poder eleitoral.

O opositor foi intimado três vezes a prestar depoimento sobre a publicação das atas e acabou se asilando na Espanha no início de setembro, após ter um mandado de prisão emitido contra ele.

Diversos opositores foram presos desde o início do processo eleitoral na Venezuela. Somente depois do pleito de 28 de julho, pelo menos 2.400 pessoas foram presas e 24 morreram, segundo organizações de Direitos Humanos.

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