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Importações de soja pela China tem recorde em 2024 em meio a temor com Trump 

Nos últimos meses de 2024, compradores chineses importaram remessas maiores de soja dos EUA para se protegerem contra uma possível guerra comercial
Este conteúdo foi originalmente publicado em Importações de soja pela China tem recorde em 2024 em meio a temor com Trump no site CNN Brasil.  Macroeconomia, China, CNN Brasil Money, Comércio, EUA, Importações, Soja CNN Brasil

A China importou uma quantidade histórica de soja em 2024, à medida que compradores preocupados com as crescentes tensões comerciais entre EUA e China correram para garantir suprimentos norte-americanos antes da posse do presidente eleito Donald Trump.

A China, maior compradora mundial de oleaginosas, importou 105,03 milhões de toneladas de soja em 2024, um aumento de 6,5% em relação ao ano anterior, de acordo com dados alfandegários divulgados na segunda-feira.

Os volumes anuais recordes de importação foram impulsionados pela queda dos preços da soja na bolsa de Chicago em 2024, pelas fortes margens de esmagamento e pela movimentação dos compradores devido a temores com uma guerra comercial, disse Rosa Wang, analista da JCI, agroconsultoria sediada em Xangai.

Em dezembro, as chegadas caíram 0,2%, para 7,94 milhões de toneladas, em relação ao mesmo mês do ano anterior, de acordo com cálculos da Reuters a partir dos dados alfandegários.

Esse volume foi menor do que as estimativas dos analistas, de cerca de 8,2 milhões de toneladas, e marcou a menor quantidade em quatro anos.

“Isso pode ser devido à velocidade do desembaraço aduaneiro”, disse Wang.

Nos últimos meses de 2024, compradores chineses importaram remessas maiores que o normal de soja dos EUA, apesar de terem a opção mais barata da soja brasileira, para se protegerem contra uma possível guerra comercial entre Pequim e Washington sob a presidência de Trump.

Trump, que assumirá o cargo em 20 de janeiro, prometeu impor tarifas de até 60% sobre os produtos chineses, tarifas que, segundo analistas, perturbariam o comércio internacional e aumentariam os custos, podendo provocar retaliações.

Embora não esteja claro como a China responderá às tarifas sob o novo governo dos EUA, comerciantes da China disseram que se prepararam diversificando os fornecedores e aumentando os estoques.

Mesmo sem uma guerra comercial, espera-se que a ampla oferta e as margens de esmagamento fracas reduzam a demanda futura de importação de soja vinda dos EUA, disse a BMI Research em nota.

“Embora a presidência de Trump possa reacender as tensões comerciais entre os EUA e a China continental e as possíveis tarifas chinesas sobre as exportações de soja dos EUA, prevemos que o declínio esperado na demanda chinesa mitigará os impactos sobre os preços”, disse a BMI Research.

As margens de esmagamento de soja em Rizhao, principal centro de processamento da China, têm sido negativas desde novembro, e a última perda foi de 225,04 iuanes (US$ 30,69) por tonelada de soja processada.

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