Vice-comandante militar Marwan Issa também foi morto no ataque
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O Hamas confirmou a morte do chefe militar Mohammed Deif e do vice-comandante militar Marwan Issa em um ataque de Israel realizado em julho de 2024. Deif era considerado um dos principais arquitetos dos ataques de 7 de outubro no sul de Israel.
O porta-voz da ala militar do Hamas, Abu Ubaida, descreveu Deif como um “grande mártir da nação”, em uma declaração nesta quinta-feira (30). Ele também confirmou as mortes de outros quatro líderes militares.
“Após conduzir a verificação necessária e tomar todas as medidas relevantes, as Brigadas Al-Qassam anunciam ao nosso grande povo, à nossa nação e a todos os apoiadores da liberdade e da resistência no mundo o martírio de um grupo de grandes combatentes e líderes heróicos dos membros do Conselho Militar Geral das Brigadas Al-Qassam, o grande mártir da nação, Comandante Mohammed al-Deif, Abu Khaled, Chefe do Estado-Maior das Brigadas Al-Qassam, e o grande líder, o mártir Marwan Issa Abu al-Baraa, Vice-Chefe do Estado-Maior das Brigadas Al-Qassam”, afirmou Ubaida.
No verão passado, o Exército israelense informou que matou Deif em um ataque que atingiu uma zona humanitária designada por Israel em Khan Younis, em 13 de julho. O ataque matou pelo menos 90 palestinos, incluindo mulheres e crianças, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza. Imagens do rescaldo mostraram carros carbonizados, grossas camadas de cinzas e árvores queimadas.
Deif, chefe militar do Hamas, é considerado um dos principais planejadores dos ataques de 7 de outubro. Ele liderou o braço armado do grupo militante palestino, as Brigadas Qassam, por mais de duas décadas. Sua morte o torna um dos oficiais militares de mais alta patente do Hamas a ser morto em Gaza em mais de 15 meses de combates.
Em maio, o Tribunal Penal Internacional disse que estava buscando mandados de prisão para Deif e outras figuras importantes do Hamas, dizendo que eles tinham “motivos razoáveis” para acreditar que eram responsáveis pelos ataques de 7 de outubro, que mataram cerca de 1.200 israelenses.
Nas últimas semanas, ataques aéreos israelenses têm como alvo administradores de baixa patente em Gaza, em uma tentativa aparente de quebrar o controle do Hamas sobre o governo. Israel já havia eliminado a liderança do Hamas, incluindo o chefe político Ismail Haniyeh e um dos arquitetos do ataque de 7 de outubro, Yahya Sinwar.
A resposta militar de Israel em Gaza matou pelo menos 47.460 palestinos e feriu outras 111.580 pessoas, de acordo com o Ministério da Saúde.
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