Do valor total, maiores perdas são do setor privado; agropecuária é o segmento mais impactado
Este conteúdo foi originalmente publicado em Eventos climáticos somam prejuízo de R$ 45,9 bi entre 2020 e 2023 no Brasil no site CNN Brasil. Macroeconomia, Chuvas, CNN Brasil Money, Contas públicas, Rio Grande do Sul, tragédia climática CNN Brasil
Eventos climáticos extremos de caráter hidrológico, como chuvas torrenciais e enchentes, geraram um prejuízo de R$ 45,9 bilhões para o Brasil entre os anos de 2020 e 2023, segundo pesquisa da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).
Do valor total, R$ 41,2 bilhões são de perdas do setor privado e R$ 4,7 bilhões do público.
A agropecuária foi o segmento da economia mais afetado, com um impacto de R$ 24,4 bilhões nesse período de três anos. Enquanto a indústria e serviços tiveram um prejuízo de R$ 2,2 bilhões e R$ 19,3 bilhões, respectivamente.
Além disso, “o impacto imediato nos setores econômicos pode gerar efeitos sistêmicos, prejudicando a produção e, consequentemente, afetando a geração de empregos, massa salarial e arrecadação tributária”, indicou o levantamento da Fiemg.
O número de empregos afetados pode chegar a 573 mil, com uma perda da massa salarial de até R$ 14,2 bilhões.
Com isso, conforme o estudo, essas tragédias decorrentes das mudanças climáticas podem prejudicar negativamente o PIB do Brasil em 0,7%, levando a uma redução das exportações e perda de arrecadação tributária.
“O maior impacto é o social, das famílias que perdem tudo e ficam desestruturadas. Para a economia como um tudo, o governo terá que gastar para repor a infraestrutura e ocorre um aumento dos custos nas áreas atingidas”, disse Flavio Roscoe, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), em entrevista ao CNN Money.
Entre 2020 e 2023 foram 32 milhões de pessoas afetadas, não apenas em sua saúde e integridade física, mas também em perdas materiais. Nesse período, 564 mil moradias foram afetadas e 174 mil destruídas.
O estudo indica que o prejuízo patrimonial estimado é de R$ 17,9 bilhões.
Roscoe ainda destaca que outro impacto dos eventos climáticos hidrológicos ocorre na inflação, em decorrência dos produtos agropecuários afetados pelas enchentes, que tendem a subir de preço.
Foi o caso do Rio Grande do Sul. As chuvas extremas na região afetaram milhares de pessoas e fez com que o Brasil tivesse, no mês de maio de 2024, o arroz branco mais caro do mundo.
Já no fechamento do ano, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial de inflação do país, encerrou em 4,83% e estourou o teto da meta.
Essa variação de preços foi puxada pelo grupo de Alimentação e Bebidas, de acordo com dados divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com vetos da tributária, exportação de cigarros e bebidas será taxada
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