Equipe de María Corina Machado afirma que ela foi solta após ter sido detida brevemente nesta quinta-feira (9)
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A Casa Branca condenou Nicolás Maduro e representantes “por tentarem intimidar a oposição democrática da Venezuela” e pediu que o direito da líder da oposição María Corina Machado de “falar livremente” seja respeitado, segundo porta-voz da Segurança Nacional nesta quinta-feira (9).
O comentário foi feito depois que a equipe de Machado disse que ela foi detida em Caracas após participar de um protesto contra a posse de Nicolás Maduro, que está programada para esta sexta-feira (10).
“Já condenamos e continuamos condenando publicamente Maduro e representantes por tentarem intimidar a oposição democrática da Venezuela. A repressão e a intimidação não podem apagar o fato de Edmundo González Urrutia ser o verdadeiro vencedor das eleições de 28 de julho”, declarou o Conselho de Segurança Nacional.
“Pedimos que seja respeitado o direito de María Corina Machado de se expressar livremente e que Maduro e representantes parem de perseguir a oposição”, acrescentou.
A oposição da Venezuela denunciou nesta quinta-feira (9) que agentes do governo dispararam contra a líder María Corina Machado na saída de uma manifestação em Caracas. A ex-deputada estava escondida há meses.
A oposição da Venezuela afirmou que a líder foi liberada após ter sido sequestrada.
Entenda a crise na Venezuela
A oposição venezuelana e a maioria da comunidade internacional não reconhecem os resultados oficiais das eleições presidenciais de 28 de julho, anunciados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, que dão vitória a Nicolás Maduro com mais de 50% dos votos.
Os resultados do CNE nunca foram corroborados com a divulgação das atas eleitorais que detalham a quantidade de votos por mesa de votação.
A oposição, por sua vez, publicou as atas que diz ter recebido dos seus fiscais partidários e que dariam a vitória por quase 70% dos votos para o ex-diplomata Edmundo González, aliado de María Corina Machado, líder opositora que foi impedida de se candidatar.
O chavismo afirma que 80% dos documentos divulgados pela oposição são falsificados. Os aliados de Maduro, no entanto, não mostram nenhuma ata eleitoral.
O Ministério Público da Venezuela, por sua vez, iniciou uma investigação contra González pela publicação das atas, alegando usurpação de funções do poder eleitoral.
O opositor foi intimado três vezes a prestar depoimento sobre a publicação das atas e acabou se asilando na Espanha no início de setembro, após ter um mandado de prisão emitido contra ele.
Diversos opositores foram presos desde o início do processo eleitoral na Venezuela. Somente depois do pleito de 28 de julho, pelo menos 2.400 pessoas foram presas e 24 morreram, segundo organizações de Direitos Humanos.
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