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Bolsonaro diz que impediu taxação do Pix: “Espíritos de porco até tentaram” 

Após onda de fake news, governo decidiu revogar ato de monitoramento da ferramenta
Este conteúdo foi originalmente publicado em Bolsonaro diz que impediu taxação do Pix: “Espíritos de porco até tentaram” no site CNN Brasil.  Política, -agencia-cnn-, Bolsonaro, Fake News, PIX, STF CNN Brasil

Jair Bolsonaro se pronunciou, nesta sexta-feira (17), sobre a polêmica envolvendo o Pix. Em uma live da revista VEJA, o ex-presidente reconheceu que o ato da Receita não visava tributar o método de pagamento instantâneo.

“Lá atrás, no meu governo, tinham uns espíritos de porco que queriam taxar o Pix, e eu falei: negativo, a palavra final é minha. E não houve qualquer taxação no Pix. Agora, o governo, nesta proposta, não visa taxar o Pix, mas visa mostrar algo que ele possa buscar uma maneira de tirar dinheiro desses mais pobres de outra forma, talvez via Imposto de Renda”, afirmou.

Nas últimas semanas, o governo federal desmentiu a informação, negando qualquer relação com a cobrança de Imposto de Renda (IR). Diante da grande repercussão e da disseminação de fake news, o secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, anunciou a revogação do ato que expandia a fiscalização sobre o Pix.

Bolsonaro alegou que o Executivo “estava preparando o terreno para abocanhar esse recurso”.

“A CPMF, lá atrás, chegou a 0,38%. Se você recriasse uma taxa com metade disso, com essas movimentações diárias, seriam 100 bilhões por mês. Eu entendo que o governo estava preparando o terreno para abocanhar esse recurso. Esse é o meu entendimento. Logicamente, eu tenho obrigação de desconfiar de um governo que não tem palavra”, completou o ex-presidente.

Criação do Pix

O Pix é um método de pagamento instantâneo e gratuito, implementado pelo Banco Central a partir de 2020.

Foi idealizado em governos anteriores, mas começou a valer durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL). Na época, o então ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu a taxação de transações digitais, mas foi voto vencido dentro do governo.

Paulo Guedes ocupou o cargo de 2018 a 2022, e, em 2019, sugeriu que o Brasil precisaria “tributar transações digitais” como uma alternativa para desonerar a folha de pagamento das empresas.

Na quinta-feira (16), durante uma entrevista ao portal “Faroeste à Brasileira”, o ex-presidente da República já havia afirmado que a ferramenta foi criada para ser uma transação sem custos.

“Na época, uma pessoa — não quero falar o nome dela aqui, mas até a demiti depois — queria cobrar uma ‘taxinha’ [sobre o Pix]. […] Mas sepultamos essa ideia de cobrar qualquer taxa”, disse.

*Sob supervisão de Ronald Johnston

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