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Fortuna da venda do Chelsea segue congelada e vítimas da Ucrânia podem ficar sem ajuda prometida; entenda


Menos da metade do valor obtido com a venda do Chelsea, em 2022, deve chegar às vítimas da guerra na Ucrânia, apesar da promessa do governo britânico de destinar todo o montante a causas humanitárias. Segundo balanços divulgados pela Fordstam Ltd, antiga controladora do clube e empresa ligada a Roman Abramovich, grande parte dos recursos segue bloqueada e pode não ser liberada integralmente.
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Segundo o jornal inglês Daily Mail, o clube foi vendido por £2,35 bilhões (R$ 16,5 bilhões) ao consórcio liderado pelo bilionário americano Todd Boehly, depois que Abramovich foi sancionado por seus laços com Vladimir Putin, em meio à invasão russa da Ucrânia.
No entanto, documentos contábeis mostram que empréstimos de £1,54 bilhão (R$ 10,8 bilhões) precisam ser quitados com empresas do próprio Abramovich antes que qualquer valor seja transferido à fundação beneficente prometida. Com isso, sobrariam £987 milhões (R$ 7 bilhões) para doações — menos de 45% do total.
Dinheiro ainda congelado
Três anos após a venda, nenhuma quantia foi repassada. Todo o dinheiro permanece congelado em uma conta da Fordstam Ltd, à espera de autorização do Office of Financial Sanctions (OFSI), órgão que supervisiona o cumprimento das sanções britânicas.
“A expectativa de que todo o valor seria destinado às vítimas da guerra na Ucrânia parece ter sido superestimada”, afirmou Kieran Maguire, especialista em finanças do futebol da Universidade de Liverpool, ao The Times.
As contas indicam ainda que £1,42 bilhão (R$ 10 bilhões) são devidos à Camberley International Investments, empresa registrada em Jersey e também pertencente a Abramovich. O oligarca russo não é visto em público desde março de 2022, quando teria apresentado sintomas de envenenamento durante negociações de paz na fronteira entre Ucrânia e Belarus.
Impasses e ameaça de ação judicial
Outro obstáculo é o impasse entre Abramovich e o governo britânico sobre o destino dos fundos. O empresário quer que o dinheiro beneficie ucranianos e russos afetados pela guerra, o que o governo rejeita.
Em junho, a chanceler Rachel Reeves e o então chanceler do Exterior David Lammy emitiram uma nota conjunta expressando “profunda frustração” com a demora em desbloquear os recursos e ameaçaram recorrer à Justiça.

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