Ataque deixou três mortos e outras cinco pessoas feridas em Tremembé, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo
Este conteúdo foi originalmente publicado em Ministério da Justiça manda PF investigar mortes em assentamento do MST no site CNN Brasil. Política, ataques MST, Ministério da Justiça e Segurança Pública, Mortes MST, mst, Polícia Federal, Tremembé CNN Brasil
O Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou neste sábado (11) que a Polícia Federal (PF) instaure um inquérito para investigar o ataque ao assentamento Olga Benário do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Tremembé, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo, na noite da última sexta-feira (10).
No ofício enviado à PF, o ministro em exercício, Manoel Carlos de Almeida Neto, cita a violação a direitos humanos. De acordo com a pasta, uma equipe da PF, com agentes, perito e papiloscopista foi deslocada para o local.
O ataque deixou três pessoas mortas e outras cinco feridas. Gleison Barbosa, de 28 anos, e Valdir Nascimento, conhecido como Valdirzão, de 52, morreram no local. Denis Carvalho, de 29 anos, irmão de Gleison, foi internado em coma induzido, mas não resistiu e morreu na tarde deste sábado (11). As demais vítimas estão hospitalizadas no Hospital Regional de Taubaté e no Pronto Socorro de Tremembé.
De acordo com o MST, 10 criminosos entraram no Assentamento Olga Benário com cinco carros e duas motos, atirando contra os assentados. Um homem foi abordado no local e preso em flagrante por porte ilegal da arma, informou a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP).
Em nota, o MST afirma que “o local enfrenta uma intensa disputa com a especulação imobiliária voltada para o turismo de lazer, devido à sua localização estratégica na região do Vale do Paraíba”. O movimento informou também que as famílias assentadas sofrem ameaças constantes, mesmo após denúncias às autoridades.
“Há anos, as famílias assentadas vêm sofrendo ameaças e coerções constantes, mesmo após diversas denúncias feitas aos órgãos estaduais e federais, que seguem sem uma resposta efetiva para garantir a segurança e a permanência dessas famílias no território”, diz a nota divulgada pelo MST.
O Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar repudiou o ataque e manifestou apoio aos assentados da reforma agrária e às famílias das vítimas. O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, informou que já solicitou aos órgãos de segurança pública estaduais e federais providências e punição dos responsáveis pelo crime.
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